descrição

"Um filo-café é um triciclo. Movimenta-se pelos próprios. Não tem petróleo. A sua combustão é activada pelo desejo. Não se paga, não se paga. Apaga-se. E vem outro. Cabeças sem trono. Um filo-café lembra-se. Desaparece sem dor."

27.10.04

herança e criação (lisboa)

FILO-CAFÉ: HERANÇA E CRIAÇÃO

27 Outubro 2004,
21h
Bar da Sociedade Guilherme Cossoul

Com: Susan Pensak
Apresentação: Joana Lima

Performance: Cristina Benedita

Entrega dos livros de Susan Pensak:
Frankincense and Myrrh / Olíbano e Mirra ( inglês-português)

Denso com música ancestral: Ditos/ética de Pizarnik

Tradução Alexandra Bernardo que cantará Alejandra Pizarnik e Uxío Novoneyra

2.10.04

o estando (alariz)

Filo-Café: O Estando
Alariz - Galiza
Café-Teatro Roi Xordo

2 Outubro 2004 – 18h

Estamos? A gaita toca o arcaico. Por entre resíduos, restos, heranças, o Corpo actual não se dirige, tão ocluso de futuro o seu olhar despenetra o sal. Receber o que está. Ponto. Porém, a mania do ácido genético suplanta a formatação. O ADN, apesar do ego, avança ao (re)encontro.

Para se inscreverem basta enviar um mail com o nome, proveniência geográfica, área de emissão (performance, música, poesia)
Para ser alistado es bastante enviar un correo con el nombre, comunidad geográfica, sector d'émission (performance, música, poesía)
Pour s'inscrire suffit d'envoyer un mail avec le nom, provenance géographique, secteur d'émission (performance, musique, poésie)
Opdat zij voldoen d'envoyer een mail met de naam, geografische afkomst, sector d'émission s'inscrivent (prestatie, muziek, dichtkunst)
To be enrolled is enough to send a mail with the name, land from, area of emission (performance, music, poetry)


Reportagem:


30.6.04

interpretação (lisboa)

Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul

18H00 - 30 JUNHO, 2004

Filo-Café: Interpretação

Convidada: Inês Morais

Merdemoiselles apresenta Em Cena: Três Quadros de Virgínia Wolf

Intérpretes: Alexandra Bernardo, Célia Machado, Laura Moura, Sónia Alves

Dramaturgia e encenação: alberto augusto miranda

Mais do que uma história, este texto de Virgínia Woolf apresenta-se sob os fumos do ensaio, com o seu prolegómeno dialógico e vívido seguido de três momentos – quadros – confirmadores do programa inicial.

Em tal processo, o elemento dialecticamente transfigurador é aquele em que a síntese, sendo o corolário de uma tese (o encantamento) e de uma antítese (ruptura do encantamento), não produz um facto novo, antes se situa no lugar do retorno.

O programa ensaístico de Virgínia Woolf retira ao entorno vital o lugar da superação. Exterior e Interior prefixam inexoravelmente o signo vida. A chave vai ser (re)descoberta nos aposentos da morte configurada como um não-lugar ao qual se torna, como espaço placentário que protege dos prazeres e das dores, numa estranha dimensão líquida abstinente de vibrações. Em Três Quadros a morte é também o lugar da normalidade: o dia-a-dia com suas repetitivas tarefas, as paisagens paradas que os humanos igualmente são, a ausência do sonho e da inquietação.A vida – ilusão e desilusão – é apenas uma experiência de campo, uma luz intensa de mãos dadas com o seu naufrágio: o escuro profundo. Maruschka Lotti

Entrega do Livro:

OZU - Catálogo de textos (Edições fluviais), coordenação Joana Lima

10.6.04

camões com um pé na tábua (tábua)

Biblioteca Municipal João Brandão, Tábua

21H30 - 10 JUNHO, 2004

Filo-café: Camões Com um Pé na Tábua

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

(Não se sabe o lugar ou o ano do nascimento de Camões, sabe-se que morreu em 10 de Junho de 1580)

Haveria Portugal sem Camões?

O u-topos ilha dos amores continua a fazer sentido(s)?

Viagem com e por Camões feita por Amélia Pais, António Cardoso Pinto e Lina Madeira

O dia em que nasci moura e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.


A luz lhe falte, o Sol se [lhe] escureça,
Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.


As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.


Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao Mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!

Luís de Camões

10.4.04

a loucura (porto)

Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto

(frente lateral do Teatro Rivoli - Porto)

18H00 - 10 ABRIL, 2004

Filo-Café: A Loucura

Convidada: Carmen Nuevo

Distribuidor de palavra: Aurelino Costa

Entrega do Livro:

del ajuar, la locura / do enxoval, a loucura de Carmen Nuevo

Apresentação: Alexandre Teixeira Mendes

Entrega da Arte-Postal:

Abril alado de Anxo Pastor (Vilagarcia de Arousa) e Aurelino Costa (Argivai)

Participações em Aberto

23.3.04

d'ouro: uma varanda sobre miranda (lisboa)

Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul

21H30 - 23 MARÇO, 2004

Filo-Café: D'Ouro: Uma Varanda Sobre Miranda

Convidado: Amadeu Ferreira

Distribuidor de palavra: Alberto Augusto Miranda

+

Entrega do livro de Fracisco Niebro:

Cula Torna Ampuosta, Quinquiera Ara

Em Cama Feita Qualquer Um Se Ajeita

(mirandês - português, edições tema)

Apresentação: Alberte Gómez Bautista

Cisco histórico: esta é a 1ª vez que se edita, em Portugal, de raiz, um livro

com as duas línguas nacionais: o mirandês e o português. A tradução para

português foi feita por Alberto Augusto Miranda e Carlos Ferreira.

i i i m p hhh

Embora se saiba, existem em Portugal duas línguas. Ambas dissolvidas do latim.

O que é pouco para tanto milhão de habitante. Fica a saber-se que a maioria não

tem língua própria.

Embora se saiba, dezenas de línguas do crioulo ao árabe, do bretão ao chinês, do

tarahumara ao francês-midi, constituem hoje a melhor música de Lisboa.

Podia-se falar em hiperlíngua.

O mirandês leva a cavalo (o burro mirandês está em vias de extinção) a língua

asturiana e a língua leonesa.

A Liste!