descrição

"Um filo-café é um triciclo. Movimenta-se pelos próprios. Não tem petróleo. A sua combustão é activada pelo desejo. Não se paga, não se paga. Apaga-se. E vem outro. Cabeças sem trono. Um filo-café lembra-se. Desaparece sem dor."

17.1.10

descoberta/invenção (vila nova de gaia): contributos

listen very carefully
i shall say this only once




follow that car

e não sei dizer mais nada

na vossa língua


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......


presumo que me vão falar da vida

como se ela fosse

uma anedota sobre bêbados

mas eu já soube tantas tantas coisas


até já soube o que era a matéria clara

e fui eu que lancei a teoria

de que nenhum clima aguentaria

uma subida de mais de dois graus


descobri que, para a lua, as marés

são algo menos que escalas tonais

e aprendi a distinguir os homens

entre venenosos

comestíveis

ou medicinais


chamava à andorinha jocasta

não fosse o frio tornar-se enigmático

era doutor na arte de escandir

hoje sirvo pinga amoris causa


e é quando a matrícula da pedra

se torna finalmente discernível

(porque a morte se aliou ao inimigo)

que eu percebo que só eu remo

na direcção que está correcta



poema de: pedro ludgero

dito por: maria carvalho

16.1.10

descoberta/invenção (vila nova de gaia)


Filo-Café : Descoberta/Invenção
16 Janeiro 2010, 21h30m
Taberninha do Manel
Av. Diogo Leite, 308
(Ribeira de Gaia)
Vila Nova de Gaia

Apresentação do livro
Sonetos Para-Infantis

de
Pedro Ludgero

Contributos:



fotografia de: nelson silva