aequus nox
I
no cativeiro o ouroboro devora-se_________ rejeita a internidade lapidada
do terrortório
em carne viva resiste na ilusão da luz _________ alvo poema do desejo
______ milagre filial do caos
o corpo do ouroboro está cinza do ocaso ________ golpe sangrento de uma
inexistência de calor no cárcere privado _______
cada ave que passa estende-lhe um voo de desespero e saudade________
foder e amar é o nome da galeria onde o leite primordial se derrama para o
abismo da noite _________ equinócio mutilante do supérfluo ________
mâgnanima chuva quente sobre o gelo do desencontro
sofrer ao relento é a libertação do condenado
o ouvido mutila-se e arrasta-se pela lama ______ jazida humanal ________
cosmética dos espectros
dormir é a provisória eternidade ________ a morte visitada
II
escorre dos golpes do meu braço terebentina _______
ninguém a recolhe e o seu cheiro é alheio ao olfacto dos homens _______
por vezes há um animal que de passagem a lambe diluindo o pigmento da sua
língua _______ disso por vezes brota uma ou outra tela conservada na
intemporal existência das coisas _______tatuagens na transcendência
cutânea do vivido
_______ auto fecundação _____ contingência do perecível
quando nos abraçamos é toda a vivência que fica no ovo do ouroboro que
criamos com os braços _______ sucede-lhe ficar esbranquiçado pela
incidência de muitos sóis _______
então a ideia liquidifica-se resinosa dentro do caule da memória _______
e renasce
dos coníferos ramos que as mãos me seguram ______ só o processo
incendiário produz energia
a dança dos mortos mantém a terra batida no meu peito sem que a poeira se
esvazie de mim por lapso da fala ______
o sol que carregas abre e fecha todas as coisas _______
fátima sapetiveoatl vale
I
no cativeiro o ouroboro devora-se_________ rejeita a internidade lapidada
do terrortório
em carne viva resiste na ilusão da luz _________ alvo poema do desejo
______ milagre filial do caos
o corpo do ouroboro está cinza do ocaso ________ golpe sangrento de uma
inexistência de calor no cárcere privado _______
cada ave que passa estende-lhe um voo de desespero e saudade________
foder e amar é o nome da galeria onde o leite primordial se derrama para o
abismo da noite _________ equinócio mutilante do supérfluo ________
mâgnanima chuva quente sobre o gelo do desencontro
sofrer ao relento é a libertação do condenado
o ouvido mutila-se e arrasta-se pela lama ______ jazida humanal ________
cosmética dos espectros
dormir é a provisória eternidade ________ a morte visitada
II
escorre dos golpes do meu braço terebentina _______
ninguém a recolhe e o seu cheiro é alheio ao olfacto dos homens _______
por vezes há um animal que de passagem a lambe diluindo o pigmento da sua
língua _______ disso por vezes brota uma ou outra tela conservada na
intemporal existência das coisas _______tatuagens na transcendência
cutânea do vivido
_______ auto fecundação _____ contingência do perecível
quando nos abraçamos é toda a vivência que fica no ovo do ouroboro que
criamos com os braços _______ sucede-lhe ficar esbranquiçado pela
incidência de muitos sóis _______
então a ideia liquidifica-se resinosa dentro do caule da memória _______
e renasce
dos coníferos ramos que as mãos me seguram ______ só o processo
incendiário produz energia
a dança dos mortos mantém a terra batida no meu peito sem que a poeira se
esvazie de mim por lapso da fala ______
o sol que carregas abre e fecha todas as coisas _______
fátima sapetiveoatl vale
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