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descrição
28.6.10
las raizes i ls fruitos (palaçoulo - miranda do douro)
27.6.10
21.6.10
filo-café: esquecimento - contributos
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fotografia de: carlos silva
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Jacob partiu
Repetiam sem pausa “Amen”
Enclausurados na antiga Cripta
Permaneciam fixos com a alma dada
E a sensualidade amordaçada
Para que Deus estavam eles virados?
O Poeta morreu, mas jazia entranhado
Em cada pedra exaltada
Outrora por aquele mal-amado,
Daqueles que queriam a verdade.
“Como Senhores, permanecem ainda por aí
Nessa ilha impalpável,
Labirinto de pensamentos cruzados,
No meio dessas Gárgulas de pedra fossilizadas?
Como viveram com a negação da Puberdade,
O enterro de todo passado,
O odor da vulva nunca ousado,
O Labor como única armada
E o esquecimento como meta alcançada?
Continua ele a vaguear nesse lugar falado?
Subterrâneos ocultos àqueles á terra fixados
Os Dados serão lançados até ao tempo inalcançável
Quem os calará?
poesia de: elisabete pires monteiro
***
t(u)o-que-é(e)s-c(s)im-e-em-tu(o) tu-és de-muita-fé
a poesia
é que é ------ cimento
é que é
és-(que)-é-cimento,
arre – fé – no – cimento,
esque-c-imento.
(…)
os poetas são
portanto
pessoas de muita fé,
com pouca fé no cimento
portanto,
per-du-ra-do-res (per-duram?) -----------
pen-du-ra-do-res (penduram-se nas dores?) ------------
per-da-do-res (per de per e dores de dores?) -----------
per-de-do-res (maus perdedores?) --------------
perde-dores (perdem-se por dores?) ------------
pe-de-dores (pedincham dores?) ----------------
POR-TANTO
por tanto, pre-da-do-res por tanto muito mais que tanto tanto mais que,
ISTO É
perduram (-se) nas palavras -------------
penduram (-se) nas palavras ---------------
per-dão-se através de, nas palavras -----------
perdem (-se) de por palavras ----------------
perdem as palavras (se)
pedem as palavras (se)
se
para não caírem em – és - és-que-cimento
no cimento
em es-quen-tamento
em es-ta-rre-ci-mento
em tu-es-que-ci-men-to-que ------- és?
(…)
os poetas escrevem
para não se esquecerem de nada,
como se fossem às compras
aviar a cesta,
como se fossem esquece-dores
como se se esquecessem das dores
como se não se lembrassem de nada
como se não, não pudessem nada
como se fosse possível o cimento
como se fosse possível o esquecimento
como se
nada pudessem
esquecer-se
de nada
pudessem
esquecer-se
pudessem esquecer.,-------se
se se pudessem esquecer
a-que-cer
a-quem-ser
de-quem-ser
o-que-se
ser-que
o-que-ser,
(…)
os poetas
não escreviam nada,
não és- o-que-viam?
nada
o que entre-viam?
nada
o que entre-entre-tanto-viam?
nada
o que entre-entre-tanto-esqueciam?
nada.
(…)
a poesia
é que é
és
esquecimento.
poema de: sandra guerreiro dias
dito por: sandra guerreiro dias e rute oliveira
pintura de:
Texto 1
silêncio duradouro nos olhares arqueados. Um órfão na terra inventa as alavancas do deserto, a arqueologia da esfinge, o (re)nascimento do não-sentido e um homem de reminiscências solares abandona o espaço dos tumultos e entra na floresta isotrópica. em todas as direcções o homem é idêntico a ele mesmo. em todas as direcções o grito de Deus é o grito de toda a ausência.
os aposentos sábios das fábulas, a dispersão das calamidades, a descoberta da instrução do livro-do-VAZIO, das mordeduras raras, da voz-iniciática, das lenhas cosmogónicas onde o cloro dos mosquitos-cranianos e as teclas dos anarquistas-das-linhas-de-
vegetal-tijolo-golpes-de-i
(continue a ler este texto aqui)
texto de: Luís Serguilha
19.6.10
esquecimento (espinho): reportagem
fotografia de: carlos silva
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10.6.10
esquecimento (espinho): performance
(bruno miguel resende & fátima vale)
esquilia divinorum
carlos silva
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